Houve sempre da minha parte um desgosto por certas atitudes que nunca consegui esboçar uma definição. Uma repulsa por qualquer coisa que consiga remover o encanto dos olhos de uma criança e nos faça não acreditar no inacreditável. A essa atitude, definimos como "ser banal" e é difícil explicar um conceito tão metafórico.
Ser banal seria o mesmo que dizer a uma criança que o seu castelo não passa de nada além de um cortiço ou fazer com que um estudante talentoso abandone seus sonhos de se tornar um grande escritor ou músico para se juntar a massa trabalhista como uma opção mais "realista" do seu futuro. É tentar rebaixar o arco-íris à um simples fenômeno da ótica.
É aquela montanha de incertezas e racionalidade que tentam explicar os nossos medos, destruindo a nossa esperança e a imaginação. É aquilo que tenta reduzir o inexplicavél ao impossível, o maravilhoso ao comum, o miraculoso ao mundano. É o grande desmancha-prazeres do universo.
Essa vontade de banalizar as coisas rasga tudo o que é fantasioso em retalhos vistosos de bobagens e devaneios ociosos e não deixa as pessoas verem o mundo de maravilhas que poderia tornar suas vidas menos melancólicas. E essa hobbie em ser a âncora que não nos deixar voar nas asas da nossa imaginação me desagrada.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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1 comentários:
Não é lá um muito bom primeiro comentário mas.
"fazer com que um estudante talentoso abandone seus sonhos de se tornar um grande escritor ou músico para se juntar a massa trabalhista como uma opção mais "realista" do seu futuro."
então por que quando falei que se deve, sim, lutar por um sonho, você respondeu "aff Guzz, o mundo não é assim, sonhar não paga conta"?
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